O debate sobre a relação entre ganhar para estudar e estudar para ganhar, no contexto
da educação, é um tema complexo que nos leva a refletir não apenas sobre as práticas
educacionais, mas também sobre valores éticos e morais fundamentais para uma
sociedade justa e imparcial. Afinal, para onde caminha a educação quando se prioriza um
aspecto sobre o outro? É neste dilema que se enfatiza a importância de um equilíbrio
ético na condução dos processos educacionais.
Tendo uma visão geral, percebe-se que muitos jovens tem uma pespectiva mais ampla de
seu futuro e desejam conciliar seus estudos com um emprego, analisando esse fator,
nota-se estatisticamente (segundo dados do IBGE), que 39% do jovens entre 14 e 29
anos apenas trabalham enquanto 14% conciliam amabas atividades. A concepão de
“estudar para ganhar”, coloca um foco principal nos benefícios econômcos que podem ser
gerados atravé da educação,e nessa abordagem, o atenção principal está na formação
voltada para o mercado de trabalho, visando à obtenção de sucesso financeiro. Por outro
lado, estudar para ganhar implica em adquirir conhecimento e desenvolver habilidades
com o propósito de contribuir para o desenvolvimento pessoal e social, valorizando a
aprendizagem como um fim em si mesma.
O desafio ético surge quando a educação se torna um mero instrumento de ascensão
econômica, desprezando aspectos essenciais como a formação integral do indivíduo e a
promoção do bem comum. Nesse contexto, a competição desenfreada e a busca por
resultados imediatos pode comprometer princípios éticos fundamentais, como a
igualdade de oportunidades, a solidariedade e o respeito à dignidade humana.
Em contrapartida, a educação que prioriza o desenvolvimento integral do ser humano,
valorizando o pensamento crítico, a criatividade e a empatia, está fundamentada em
princípios éticos e morais que promovem a justiça social e a construção de uma
sociedade mais igualitária. Nesse sentido, estudar para ganhar não se limita a objetivos
materiais, mas abrange a realização pessoal e a contribuição para o bem-estar coletivo.
Por conclusão, o caminho da educação dependerá das escolhas que fazemos enquanto
sociedade. É necessáro reconhecer que tanto ganhar para estudar quanto estudar para
ganhar podem coexistir de maneira ética e moralmente responsável, desde que haja um
equilíbrio entre as dimensões econômicas e humanas da educação. Isso significa
promover políticas educacionais que garantam o acesso universal à educação de qualidade, que valorizem a diversidade de talentos e que estimulem o compromisso com
o bem comum.